O youtuber brasileiro Felipe Bressanim, conhecido como Felca, tornou-se uma voz determinante na luta contra a exploração infantil online. Em agosto de 2025, publicou o vídeo “Adultização”, onde denunciou a sexualização precoce de crianças e adolescentes em redes sociais, expondo práticas que muitos conheciam, mas que permaneciam invisíveis à justiça.
Exposição de abusos e prisão de Hytalo Santos
Entre os casos apontados por Felca estava o do influenciador Hytalo Santos, cujas atividades com menores estavam sob investigação. A denúncia levou à prisão preventiva de Hytalo e do seu marido, Israel Nata Vicente, em Carapicuíba, São Paulo. Os dois enfrentam acusações de exploração sexual infantil e tráfico humano, evidenciando como a denúncia pública de Felca se transformou em ações legais concretas.
Paralelo com Hugo Strada em Portugal
Este caso brasileiro recorda episódios semelhantes em Portugal, como o de Hugo Strada, youtuber e gestor de carreiras juvenis. Apesar de denúncias graves sobre assédio e abuso de adolescentes, as autoridades portuguesas não chegaram a desfechos tão claros, e muitas denúncias permaneceram sem consequências efetivas. A comparação evidencia diferenças significativas na rapidez e impacto da justiça e da mobilização pública entre os dois países.
Felca tornou-se um exemplo de como a atuação de influenciadores digitais pode gerar mudanças sociais e legais reais, especialmente quando a justiça tradicional demora a agir. O vídeo não só levou à suspensão de perfis e à abertura de investigações, como também impulsionou debates sobre a necessidade de leis mais rigorosas para proteger crianças e adolescentes online, apelidadas informalmente de “Lei Felca”.
O caso sublinha que a exploração infantil, mesmo quando visível, muitas vezes permanece impune. A atuação de Felca mostra como coragem e visibilidade podem acelerar processos e proteger vítimas que, de outra forma, permaneceriam silenciosas. É um alerta global: proteger os menores exige ação imediata, transparência e responsabilização, tanto de pessoas como de plataformas digitais.

