No final de maio, a tranquilidade da madrugada foi interrompida pela chegada da polícia à residência de Nuno Homem de Sá, em Loures. Antes das 7h00, agentes entraram no local e apreenderam telemóveis, computadores e outros dispositivos.
A operação ocorreu no âmbito do processo movido por Frederica Lima, que há meses denuncia comportamentos de violência psicológica e perseguição. Para muitas vítimas, a decisão de avançar com queixa formal exige força e risco pessoal — um passo que Frederica deu sem hesitar.
Provas detalhadas e denúncia pública
Frederica não se limitou a falar. Reuniu provas concretas: vídeos, áudios, mensagens e registos de ameaças, perseguições e tentativas de intimidação. Segundo o seu relato, foi alvo de “esperas” à porta de casa, arremesso de objetos e contactos abusivos feitos através de perfis falsos.
Mesmo perante o desgaste emocional, a ex-companheira do ator mantém-se firme, defendendo o direito das mulheres a viver sem medo e a não se calarem perante comportamentos abusivos.
Investigações apontam para crimes mais graves
Em declarações recentes, Frederica revelou que as autoridades investigam o caso não apenas como violência doméstica, mas também como possível prática de crimes mais graves. As alegações incluem assédio prolongado, difamação pública e tentativa de silenciar testemunhas.
Apesar da exposição mediática e das inevitáveis pressões, Frederica tem usado a sua voz para lembrar que denunciar é um ato de coragem — e que nenhuma vítima deve sentir vergonha ou medo de procurar justiça.